OS DRUIDAS E A MITOLOGIA CELTO-GAULESA

Paralelamente à religião monoteísta dos druidas, cuja característica principal é a de conectar a ciência do Cosmos com a concepção de uma Entidade criadora, em um universo em perpétua evolução, desde o átomo até os grandes sóis do firmamento, havia uma mitologia gaulesa, parente da mitologia céltica e que a precedia. 

Os druidas nunca foram contrários ao politeísmo da sociedade celta, pois sabiam muito bem que a concepção espiritual de uma divindade universal, onipotente e onipresente não poderia ser assimilada por mentes simples e que ainda não tinham alcançado um nível de evolução que lhes permitisse compreender seus elevados conceitos metafísicos.

O fato de reverenciar uma determinada Força da Natureza, que é expressão visível de uma Entidade superior ao ser humano é, na verdade, a principal característica de um deísmo incapaz de conceber a Plenitude Cósmica do Incriado, cujo ser do menor ao maior, não pode ser senão um aspecto de um estado, mais ou menos avançado, de sua evolução. 

É por isso que nós encontramos na Gália ou nas ilhas célticas insulares, deuses de três cabeças, touros com três chifres que, para os druidas, representavam a dualidade de forças positivas e negativas. Estas forças, ao se uniram, criavam o movimento e a vida. É aqui que vamos encontrar o símbolo de OIV, tal como ensinado pelos druidas.

Eis aí o porquê de, em nosso Colégio, estudarmos a mitologia celto-gaulesa como parte integrante de nossa Tradição.

(© Arquivos do CIDECD - 1986)

Fraternalmente,

Grande Druida Renatos Bod Koad III e Druidesa Korridwen