Léon Denis (1846-1927) foi um dos ilustres druidas da nossa nobre linhagem do Grande Carvalho. Na clandestinidade, era conhecido como Druida Spiswell que, em celta, significa o vidente. Foi continuador espiritual de Allan Kardec e, muitas vezes, advertiu os seguidores do Espiritismo: A experimentação é perigosa, especialmente no que diz respeito ao mundo oculto que é mais difícil de se penetrar e de analisar que o nosso. Lá, como aqui, conhecimento e ignorância, verdade e erro, virtude e vício se mesclam. Há, ainda, o agravante de que os sintomas que sentimos quando provocados pelos habitantes do mundo oculto, estes permanecem invisíveis aos nossos olhos. Temos que unir os conhecimentos teóricos ao controle da mente e à elevação moral para estarmos aptos a discernir os contatos espirituais, o bem do mal, a verdade da mentira, a realidade da ilusão. Devemos perceber a verdadeira natureza da mediunidade, a responsabilidade que ela acarreta, bem como a finalidade para a qual ela nos é concedida. A experimentação no que ela tem de belo e de grande, isto é, a comunicação com o mundo superior, é facultada àqueles que possuem paciência e elevada moralidade. Considerando o que Léon Denis escreveu, especificamos que os druidas médiuns de nosso Colégio utilizam a mediunidade semi-automática. Este tipo de mediunidade ocorre em ambos os fenômenos da mediunidade intuitiva e da psicografia, na qual o médium está consciente do que escreve, como e quando as palavras se formam. Esta forma de mediunidade é muito apreciada pelos Espíritos pela facilidade que têm para falar e se comunicar. Ela também é a faculdade que o médium provavelmente terá maior facilidade para desenvolver. De alguma forma, o médium empresta seu corpo para o Espírito que pode tanto escrever e falar. Sem dúvidas, trata-se da mediunidade predileta dos Espíritos superiores que podem transmitir mensagens de moralidade e de espiritualidade, sem a interferência intelectual ou voluntária do médium, evitando que tais mensagens sejam distorcidas. Em nossos contatos, utilizamos a cruz céltica que funciona como um filtro, impedindo a atuação de espíritos maldosos ou fantasistas do astral inferior. É assim que meu pai, Paul Bouchet, se comunica normalmente, uma ou duas vezes por mês, com Claudine e comigo, para nos dar as suas instruções para a direção espiritual de nosso Colégio, ou para esclarecer-nos sobre as questões que considerávamos obscuras. Nós nos preparamos para esses contatos espirituais através da Meditação, conforme explicamos nos estudos da Alquimia Evolutiva e Iniciática dos Druidas, que cada novo membro de nosso Colégio recebe como um presente de boas-vindas, quando de sua adesão ao CIDECD. Espíritos elevados jamais se manifestam àquelas pessoas que, durante suas vidas terrenas, distorceram suas doutrinas e seus textos em proveito próprio, deixando inúmeras pessoas mergulhadas na ignorância e na mentira. Nestas circunstâncias, aqueles que afirmam manter contatos espirituais com Philéas Lebesgue e Paul Bouchet são impostores. Fraternalmente, Grande Druida Renatos Bod Koad III e Druidesa Korridwen